Allan Kardec - 1804-1869 |
Espírito Obsessor:
“A obsessão é a ação persistente de um mau Espírito sobre uma pessoa. Apresenta características muito diversas, desde a simples influência de ordem moral, sem sinais exteriores perceptíveis até a completa perturbação do organismo e das faculdades mentais” (…). (1)
“Os maus Espírito pululam ao redor da Terra, em consequência da inferioridade moral dos seus habitantes. Sua ação malfazeja faz parte dos flagelos que a Humanidade suporta neste mundo. A obsessão, como as doenças, e como todas as atribulações da vida, deve ser considerada, pois, como uma prova ou uma expiação, e aceita nessa condição.” (2)
“Assim como as doenças são o resultado das imperfeições físicas, que tornam o corpo acessível às influências perniciosas do exterior, a obsessão é sempre o resultado de uma imperfeição moral que dá acesso a um mau Espírito.” (3)
(1), (2) e (3) O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, cap 28, item 81 Prefácio, trad. J. Herculano Pires, Ed. LAKE.
Quem é o Espírito Obsessor:
O Espírito obsessor é inferior, imperfeito, apegado a matéria e preso, ainda, ao mal. É malicioso, inconsequente e inclinado a fazer a maldade.
Procura fazer o outro sofrer como ele sofre; sendo assim, se aproxima daquele que um dia se relacionou, do qual tem mágoa ou ressentimento, inveja, ou mesmo dominado por um amor obsessivo, ódio, desejo de vingança por um desentendimento do passado.
Caso a provável vítima seja invigilante, de mente intranquila, instável emocionalmente, é fácil se ligar a ele, obsessor; mesmo porque, já está na mesma frequência; a partir daí a sintonia se estabelece.
O domínio começa de forma simples, isto é, ele interfere nos pensamentos, intervém nas ações, induz a sua vítima a cometer pequenos deslizes contra a sua vontade, mas isso de forma sutil, sem se mostrar. Com o tempo isso vai mudando, mesmo porque, ele já exerce maior controle sobre a sua vítima; a sintonia nesse ponto está bem melhor, é o período de fascinação, onde o prazer e a dor andam de mãos dadas: prazer, em relação às efemeridades dos sentidos, isto é, luxúria, poder e outros; dor, em relação à depressão, ideia suicida, distúrbio do pânico, isolamento sem motivo aparente, falta de amor-próprio, entre outras coisas. Já na fase de subjugação o obsessor se mostra, a vítima é prisioneira da sua vontade; dominada, luta em vão para se libertar, não se da conta, não percebe que é vítima de uma mente intrusa que estimula, alimenta e da forma as suas fantasias, ilusão, que a tortura e a faz passar por momentos deveras constrangedores; que implanta na sua mente justificativas para comportamentos antes rejeitados por ferir princípios não aceitos social e moralmente; e que aos poucos vai perdendo a liberdade de tomar as suas próprias decisões.
Esses estágios demoram muito entre um e outro, pode levar anos ou mesmo nunca se alterar do primeiro para o segundo ou mesmo do segundo para o terceiro, mesmo porque, depende muito dos hábitos, atitudes, comportamentos e interesses da vítima sobre aquilo que lhe é sugerido.
A pessoa pensa que a fala bonita, normalmente sem conteúdo, ou o comportamento rebelde, quase sempre liberal, que a depressão, o transtorno do pânico, a ideia de suicídio, a libertinagem que aos poucos vai ganhando corpo em sua mente, é dela. Não! O obsessor está ali, ao lado, se alimentando das suas energias, das fraquezas daquela pessoa, induzindo-a a cometer atos que jamais faria se tivesse a liberdade de agir por si mesma. Esse é o obsessor, cruel, implacável, dominador, ardiloso, fingido, mentiroso e que fará de tudo para dominar a sua vítima, nem que tenha para isso de arregimentar outros mais experientes que ele para ajudá-lo na dominação. Ele não está só, conta com o apoio de muitos vinculados ao mal, como ele.
Nota: Consulte sempre um médico, um médico psiquiatra ou um psicólogo para afastar qualquer hipótese de doença física e/ou psicológica. Afastada a hipótese, de doença física ou mental, procure um Centro Espírita para tratamento espiritual; entretanto, o tratamento espiritual pode ser feito juntamente com o tratamento do profissional de saúde. Leve sempre em conta: Nenhum tratamento espiritual substitui ou suspende o tratamento médico, ou acompanhamento psicológico.
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