Porque Somos Obsediados!

Allan Kardec - 1804-1869
 

Porque Somos Obsediados!

 “Venham para mim todos vocês que estão cansados de carregar o peso do seu fardo, e eu lhe darei descanso. Carreguem a minha carga e aprendam de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para suas vidas. Porque a minha carga é suave, e o meu fardo é leve.” https://www.significados.com.br/jugo/

Somos Espíritos imperfeitos, estamos, ainda, aprendendo a lidar com sentimentos como o ódio, raiva, mágoa, inveja, maledicência, ciúme, egoísmo, orgulho, vaidade e outros. Como bem diz Suely Caldas Schubert, no livro Obsessão e Desobsessão, cap. 11: “Desde que não conseguimos a nossa liberdade completa; desde que ainda não temos a nossa carta de alforria para a eternidade; desde que caminhamos sob o guante de pesadas aflições que nos falam de um passado culposo e que ressumam sombras ao nosso redor; desde que ainda não temos a plenitude da paz de consciência e do dever cumprido; desde que somos forçados, cerceados, limitados em nosso caminhar e constrangidos a suportar presenças que nos causam tortura, inquietações, lágrimas e preocupações sem conto, é porque, em realidade, ainda somos prisioneiros de nós mesmos, tendo como carcereiros aqueles a quem devemos. Estes, que hoje se comprazem em nos observar — a nossa ‘nuvem de testemunhas’ manter e forçar a que permaneçamos no cárcere de sombras que nós mesmos construímos.”.

Nas nossas existências anteriores, e mesmo nesta, desagradamos pessoas, ferimos sentimentos, agredimos e humilhamos aqueles há quem supostamente julgamos inferiores, sem contar aqueles que foram vítimas da nossa soberba.

Veja o texto extraído da Associação Espírita Allan Kardec – São José do Rio Preto – https://kardecriopreto.com.br/sobre-obsessao/ “Porque ainda somos inferiores em sentimentos, temos poucas virtudes, praticamos pouco o bem. Nas relações humanas das diversas vidas carnais, muitas vezes prejudicamos, ferimos irmãos que não nos perdoaram; devido a lei de causa e efeito e de liberdade, aquele que escolhe o mal permite que lhe seja devida a reação, em outras palavras, quem faz o mal acaba permitindo que o mal lhe seja devolvido, ainda que esse ato contrarie as leis divinas. O obsessor pode ser alguém que se afinizou com nossa conduta ou alguém que pensa ou foi por nós prejudicado.”

Como Espíritos imperfeitos, errantes – “desligados do corpo material e aguardando nova encarnação para se melhorarem” (1) –, guardamos em nosso acervo mental uma vasta coleção de imperfeição moral que se traduz em maus hábitos, vícios, atitudes, apegos doentios e outros desvios do comportamento. Nessa trajetória fizemos amigos e inimigos; muitos amigos estão numa situação melhor que a nossa, isto é, são felizes e não estão mais sujeitos a reencarnação neste mundo; outros, estão numa situação igual ou pior que a nossa e querendo nos ajudar, terminam dificultando o nosso progresso por falta de compreensão das leis divinas, isso pode resultar em obsessão. Já os inimigos, esses vão nos perseguir, sem piedade, pelo mal que fizemos até que a reparação satisfaça as condições impostas ou aja mudança de nossa parte no sentido de tomar o caminho do bem, trabalhando a favor do próximo, assim como Jesus nos ensinou: "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo" - Mt 22 36-40. E em Lucas 12:33-34: "Vendei o que tendes, e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não se envelheçam; tesouro nos céus que nunca acabe, aonde não chega ladrão e a traça não rói. Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração". (2)

“O Espírito mau espera que o outro, a quem ele quer mal, esteja preso ao seu corpo e, assim, menos livre, para mais facilmente o atormentar, ferir nos seus interesses ou nas suas mais caras afeições.” ALLAN KARDEC — O Evangelho segundo o Espiritismo, Capítulo 10, item 6.

(1) FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA - Mediunidade: Estudo e Prática Programa 1 - Módulo IV – A vida no Plano Espiritual – Espíritos Errantes.

(2)https://www.bibliaonline.com.br/acf/lc/12.

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