Suicídio: Luís e a Pespontadeira de Botinas

 

Allan Kardec - 1804-1869








Livro: O CÉU E O INFERNO

Publicado em 1865 – Paris, França. Tradução Da 4ª edição (1869). Tradutor: GUILLON RIBEIRO. Publicado pela FEB – Federação Espírita do Brasil – www.febnet.org.br. Versão digital por: ERY LOPES - © 2007. CAPÍTULO V – SUICIDAS – Pag. 192…



LUÍS E A PESPONTADEIRA DE BOTINAS


Havia sete para oito meses que Luís G…, oficial sapateiro, namorava uma jovem, Victorine R…, com a qual em breve deveria casar-se, já tendo mesmo corrido os proclamas do casamento.

Neste pé as coisas, consideravam-se quase definitivamente ligados e, como medida econômica, diariamente vinha o sapateiro almoçar e jantar em casa da noiva.

Um dia, ao jantar, sobreveio uma controvérsia a propósito de qualquer futilidade, e, ambos insistindo em suas opiniões foram as coisas ao ponto de Luís abandonar a mesa, protestando não mais voltar.

Apesar disso, no dia seguinte veio pedir perdão. A noite é boa conselheira, como se sabe, mas a moça, prejulgando talvez pela cena da véspera o que poderia acontecer quando não mais a tempo de remediar o mal, recusou-se à reconciliação.

Nem protestos, nem lágrimas, nem desesperos puderam demovê-la. Muitos dias ainda se passaram, esperando Luís que a sua amada fosse mais razoável, até que resolveu fazer uma última tentativa: — Chegando a casa da moça, bateu de modo a ser reconhecido, mas a porta permaneceu fechada, recusaram abrir-lha.

Novas súplicas do repelido, novos protestos, não ecoaram no coração da sua pretendida. “Adeus, pois, cruel! — exclamou o pobre moço — adeus para sempre. Trata de procurar um marido que te estime tanto como eu.” Ao mesmo tempo a moça ouvia um gemido abafado e logo após o baque como que de um corpo escorregando pela porta. Pelo silêncio que se seguiu, a moça julgou que Luís se assentara à soleira da porta, e protestou a si mesma não sair enquanto ele ali se conservasse.

Decorrido um quarto de hora é que um locatário, passando pela calçada e levando luz, soltou um grito de espanto e pediu socorro. Depressa acorre a vizinhança, e Victorine, abrindo então a porta, deu um grito de horror, reconhecendo estendido sobre o lajedo, pálido, inanimado, o seu noivo.

Cada qual se apressou em socorrê-lo, mas para logo se percebeu que tudo seria inútil, visto como ele deixara de existir. O desgraçado moço enterrara uma faca na região do coração, e o ferro ficara lhe cravado na ferida.

(Sociedade Espírita de Paris, agosto de 1858)


1. Ao Espírito S. Luís. — A moça, causadora involuntária do suicídio, tem responsabilidade?

R. Sim, porque o não amava.

2. Então para prevenir a desgraça deveria desposá-lo a despeito da repugnância que lhe causava?

R. Ela procurava uma ocasião de descartar-se, e assim fez em começo da ligação o que viria a fazer mais tarde.

3. Neste caso, a sua responsabilidade decorre de haver alimentado sentimentos dos quais não participava e que deram em resultado o suicídio do moço?

R. Sim, exatamente.

4. Mas então essa responsabilidade deve ser proporcional à falta, e não tão grande como se consciente e voluntariamente houvesse provocado o suicídio…

R. É evidente.

5. E o suicídio de Luís tem desculpa pelo desvario que lhe acarretou a obstinação de Victorine?

R. Sim, pois o suicídio oriundo do amor é menos criminoso aos olhos de Deus, do que o suicídio de quem procura libertar-se da vida por motivos de covardia.

Ao Espírito Luís G…, evocado mais tarde, foram feitas as seguintes perguntas:

1. Que julgais da ação que praticastes?

R. Victorine era uma ingrata, e eu fiz mal em suicidar-me por sua causa, pois ela não o merecia.

2. Então não vos amava?

R. Não. A princípio iludia-se, mas a desavença que tivemos abriu-lhe os olhos, e ela até se deu por feliz achando um pretexto para se desembaraçar de mim.

3. E o vosso amor por ela era sincero?

R. Paixão somente, creia; pois se o amor fosse puro eu me teria poupado de lhe causar um desgosto.

4. E se acaso ela adivinhasse a vossa intenção persistiria na sua recusa?

R. Não sei, penso mesmo que não, porque ela não é má. Mas, ainda assim, não seria feliz, e melhor foi para ela que as coisas se passassem de tal forma.

5. Batendo-lhe à porta, tínheis já a ideia de vos matar, caso se desse a recusa?

R. Não, em tal não pensava, porque também não contava com a sua obstinação. Foi somente à vista desta que perdi a razão.

6. Parece que não deplorais o suicídio senão pelo fato de Victorine o não merecer… É realmente o vosso único pesar?

R. Neste momento, sim; estou ainda perturbado, afigura-se me estar ainda à porta, conquanto também experimente outra sensação que não posso definir.

7. Chegareis a compreendê-la mais tarde?

R. Sim, quando estiver livre desta perturbação. Fiz mal, deveria resignar-me… Fui fraco e sofro as consequências da minha fraqueza. A paixão cega o homem a ponto de praticar loucuras, e infelizmente ele só o compreende bastante tarde.

8. Dizeis que tendes um desgosto… Qual é?

R. Fiz mal em abreviar a vida. Não deveria fazê lo. Era preferível tudo suportar a morrer antes do tempo. Sou portanto infeliz; sofro, e é sempre ela que me faz sofrer, a ingrata. Parece-me estar sempre à sua porta, mas… não falemos nem pensemos mais nisso, que me incomoda muito. Adeus.

Por isso se vê ainda uma nova confirmação da justiça que preside à distribuição das penas, conforme o grau de responsabilidade dos culpados. É à moça, neste caso, que cabe a maior responsabilidade, por haver entretido em Luís, por brincadeira, um amor que não sentia. Quanto ao moço, este já é de sobejo punido pelo sofrimento que lhe perdura, mas a sua pena é leve, porquanto apenas cedeu a um movimento irrefletido em momento de exaltação, que não à fria premeditação dos suicidas que buscam subtrair se às provações da vida.

 

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Pedindo Esmola Para Enterrar o Ex-Patrão

 

Allan Kardec - 1804-1869








33 - PEDINDO ESMOLA PARA ENTERRAR O EX-PATRÃO

Chico levantara-se cedo e, ao sair, de charrete, para a Fazenda, encontra-se no caminho com o Flaviano, que lhe diz:

Sabe quem morreu?

Não!…

O Juca, seu ex-patrão. Morreu na miséria, Chico, sem ter nem o que comer.

Coitado! E Chico tira do bolso o lenço e enxuga os olhos.

Há que horas é o enterro?

Creio que vão enterrá-lo a qualquer hora, como indigente, no caixão da Prefeitura, isto é, no rabecão…

Chico medita, emocionado, e pede:

Flaviano, faça-me um favor: vá à casa onde ele desencarnou e peça para esperarem um pouco. Vou ver se lhe arranjo um caixão, mesmo barato.

Flaviano despede-se e parte.

Chico desce da charrete. Manda um recado para seu Chefe.

Recorda seu ex-patrão, figura humilde de bom servidor, que tanto bem lhe fizera. E ali mesmo, no caminho, envia uma prece a Jesus:

Senhor, trata-se de meu ex-patrão, a quem tanto devo; que me socorreu nos momentos mais angustiosos; que me deu emprego com o qual socorri minha família; que tanto sofreu por minha causa. Que eu lhe pague, em parte, a gratidão que lhe devo. Ajude-me, Senhor”.

E, tirando o chapéu da cabeça e virando-o de copa para baixo, à guisa de sacola, foi bater de porta em porta, pedindo uma esmola para comprar um caixão para enterrar o extinto amigo.

Daí a pouco, toda Pedro Leopoldo sabia do sucedido e estava perplexa, senão comovida com o ato do Chico.

Seu pai soube e veio ao seu encontro, tentando demovê-lo daquele peditório.

Não, meu pai, não posso deixar de pagar tão grande dívida a quem tanto colaborou conosco.

Um pobre cego, muito conhecido em Pedro Leopoldo, é inteirado da nobre ação do Chico, a quem estima.

Esbarra com ele:

Por que tanta pressa, Chico?

Meu NEGO, estou pedindo esmolas para enterrar meu ex-patrão.

Seu Juca? Já soube. Coitado, tão bom! Espere aí, então, Chico. Tenho aqui algum dinheiro que me deram de esmolas ontem e hoje. E despejou no chapéu do Chico tudo o que havia arrecadado ate ali...

Chico olhou-lhe os olhos mortos e sem luz. Viu-os cheios de lágrimas. Comoveu-se mais.

Obrigado, meu NEGO! Que Jesus lhe pague o sacrifício.

Comprou com o dinheiro esmolado o caixão.

Providenciou o enterro. Acompanhou-o até o cemitério.

E já tarde, regressou à casa.

Tinha vivido um grande dia.

Sentou-se à entrada da porta.

Lá dentro, os irmãos e o pai, observavam-no comovidos.

Em prece muda, agradeceu a Jesus.

Emmanuel lhe aparece e lhe sorri. O sorriso de seu bondoso Guia lhe diz tudo.

Chico o entende.

Ganhara o dia, pagara uma dívida e dera de si um testemunho de humildade, de gratidão e de amor ao Divino Mestre.

Extraído do Livro: LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER

Autor: Ramiro Gama – 1898-1981.

Editora: LAKE Editora.

Biografia de Ramiro Gama

Fonte: https://www.feparana.com.br/topico/?topico=703

Nascimento: em Tristão da Câmara, distrito de Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro, no dia 27 de dezembro de 1898.

Nos deixou em: 20 de maio de 1981, na cidade do Rio de Janeiro.

Pais: José Rodrigues de Araújo Gama e Gertrudes Pereira de Souza Gama.

Casado com: Maria José Costa de Oliveira Gama.

filhos: José Vicente (desencarnado), Ramiro, oficial da Aeronáutica, e Djalma, advogado, filha adotiva, Sônia.

Netos: 9 netos.

Atividade: Jornalista, escritor, poeta, conferencista e espírita dos mais atuantes. Participou de inúmeros Congressos e outros eventos espíritas. Criou, juntamente, com Rita Cerqueira (Mãe Ritinha) e outros companheiros, as Semanas Espíritas, em 1939, na cidade de Três Rios. A primeira Semana Espírita de que se tem notícia, com a participação de Leopoldo Machado, Carlos Imbassahy, Manoel Quintão, Jacques Aboab, Sebastião Lasneau e tantos outros.

 Escreveu vinte livros: "Estuário", "Augusto dos Anjos", "História de um Coração", "Português em 20 lições", "O meu fanal", "Lindos casos de Chico Xavier", "O Bom Pastor", "De irmão para irmão", "Lindos casos de Bezerra de Menezes", "Teatro Espírita"(dois volumes), "Evangelho e Educação", "Viagem ao Norte e Nordeste Espírita", "Lindos casos do Evangelho", "O amor de nossas vidas", Seareiros da Primeira Hora", "Irmãos do bom combate", "Os mortos estão de pé", Lindos casos de mediunidade gloriosa", "Faz isso e viverás".

Deixou mais de 10 livros inéditos.

Colaborou com quase toda a Imprensa Espírita do País e várias do Estrangeiro.

Participou de inúmeros programas de Rádio e fundou o jornal "O Nosso Guia", já extinto. Viajou por quase todo o Brasil a serviço do Espiritismo.

 

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Fonte:

https://limiarespirita.com.br/livros/lindos.pdf

 https://www.luzepaz.org/chico-xavier-mais-de-20-historias/

https://www.espiritismo.blog/p/lindos-casos-de-chico-xavier.html

https://www.feparana.com.br/topico/?topico=703

Chico Xavier e a História de Valéria


Allan Kardec - 1804-1869












Chico Xavier e a História de Valéria

Por volta de 1953 até 1959, quando mudamos para Uberaba, nós sempre, desde muitos anos, fazíamos assistência, uma assistência carinhosa de levar uma oração ou a expressão de fraternidade a doentes, a necessitados, quando uma senhora nos pediu para visitar a irmã dela, que tinha se tornado hemiplégica e muda.

A moça tinha uns 40 anos, chamava-se Valéria.

Então, fomos a primeira vez; nós fazíamos, sempre aos sábados, nossas visitas.

Íamos visitar Valéria, levávamos um pedaço de bolo, algumas balas. Isso que se dá a uma criança, porque a gente não podia fazer mais, mas visitávamos Valéria com muito carinho; eram diversas casas e ela, Valéria, estava numa delas. A irmã dela chamava-se D. Laura.

A casa se erguia num lugar onde, em Pedro Leopoldo, se construiu o recinto das exposições pecuárias; eu estou explicando, porque alguém na minha cidade poderá perguntar onde estava esta casa; estava no lugar onde está hoje o recinto das exposições pecuárias.

Então, todos os sábados, durante uns seis anos, visitávamos Valéria e levávamos uma prece, e ela guardava um pedaço de bolo debaixo do travesseiro. A irmã dela, a dona da casa, muito distinta, muito amiga, nos recebia com muito carinho.

Num sábado, eu fazia a prece; no outro sábado, outro amigo fazia a prece; no outro, uma senhora fazia a prece, e, assim, estávamos há uns seis anos, quando Valéria foi acometida por uma gripe pneumônica muito séria e D. Laura chamou um médico e o médico avisou que ela estava às portas de uma pneumonia, e a pneumonia se manifestou.

A pneumonia se manifestou, e nós chegamos no sábado. Ela estava muito abatida e, todas as vezes que nós íamos, eu falava:

— Valéria, agora você fala Deus! (Ela lutava muito para falar, porque ela entendia tudo, mas não conseguia).

Eu falava assim:

— Jesus, Valéria!

Ela fazia força, mas a língua enrolava e ela não conseguia; isso se repetiu mais de seis anos, mas, neste sábado, a pneumonia…

Eu falei:

— D. Laura, ela está com febre muito alta, o que diz o médico?

— Bem, o médico, que está tratando, já deu bastantes antibióticos, e ela está bem medicada.

E eu falei assim:

— Está bem, agora, ao invés de virmos aos sábados, viremos todos os dias.

E ela sempre piorando. Então, num sábado, no último sábado, depois que fizemos a prece, eu falei:

— Valéria, fala Jesus, fala Deus!

E ela: ã, ã, ã, ã, ã, mas não falava.

Eu falei:

— Valéria, Jesus andou no mundo, curou tanta gente, tantos iam buscá-lo nas estradas, na casa onde ele permanecia, e pediam a ele a graça da melhora, da cura e foram curados.

— Lembre-se de Jesus andando e você caminhando, embora você não esteja caminhando há tantos anos, lembre-se de você caminhando e chegando aos pés dele e dizendo: Jesus! Fale Jesus!

Aí ela falou:

— Josusu, Josusu!

Eu falei:

— Meu Deus, mas que alegria, Valéria falou o nome de Jesus, que coisa maravilhosa! D. Laura, venha cá para a senhora ver!

Ela com muita febre, mas ficou satisfeita falando:

— Josusu! Josusu!

E não me esqueço daquele nome vibrando nos meus ouvidos.

Eu falei:

— Ela vai melhorar, ela está falando Jesus, D. Laura.

Nós todos muito alegres, ela sorrindo, mas desinteressada do bolo que tínhamos levado, a febre muito alta.

Eu falei:

— Valéria, repete, eu estou tão interessado de ver você falar o nome de Jesus. Fale Jesus, Jesus!

— Josusu, Josusu!

Mas dando todas as forças. Aí, eu disse:

— Se Deus quiser, ela está muito melhor.

Mas, no outro dia de manhã, chegou a notícia de D. Laura de que Valéria tinha falecido pela manhã, tinha desencarnado.

Fomos para lá, e tal, e lembramos muito aquela amiga que estava partindo. Comoveu-nos muito e sofremos bastante, porque ela era muito, era muito querida, uma criatura que não falava, mas tinha gestos extraordinários.

Mas os anos rolaram, os anos passaram, e eu mudei para Uberaba e, em 1976, fui vítima de um enfarte, enfarte que me levou ao médico, que me hospitalizou em casa.

Disse-me assim:

— Não, você pode conturbar o ambiente do hospital com visitas, é melhor você ficar hospitalizado em casa, a porta do quarto ficará com acesso apenas a esta senhora, que é enfermeira.

É uma senhora, que está conosco, de nome D. Dinorá Fabiano.

Então, D. Dinorá era a única pessoa que entrava, para eu ficar 20 dias mais ou menos imóvel e eu fiquei, mas isso não impedia que os espíritos me visitassem e, então, muitos amigos desencarnados de Pedro Leopoldo, de Uberaba, entravam assim à tarde ou à noite e eu conversava em voz alta.
E eu falei:

— D. Dinorá, quando a senhora me encontrar falando sozinho, a senhora não se impressione, eu estou conversando com alguém.

Ela falou:

— Não, eu compreendo, eu compreendo.

Ficou naquilo, não é?

E uma tarde entrou uma moça muito bonita (no quarto havia sempre uma cadeira perto da cama).

Ela entrou, eu falei em voz alta:

— Pode fazer o favor de sentar.

Ela falou:

— Você não está me conhecendo?

Eu respondi:

— Olha, a senhora vai me perdoar, eu tenho andado doente com problemas circulatórios e eu estou com a memória estragada e eu não estou me lembrando.

Mas era um desculpa, era porque eu não estava reconhecendo mesmo.

Então, ela falou assim:

— Mas nós somos amigos, eu quero tão bem a você.

Era uma moça morena, muito bonita; aí eu falei:

— Olha, eu não posso assim de momento fazer muito esforço de memória, porque o médico me recomendou repouso mental. Minha senhora, faça o favor de dizer o nome.

Ela falou assim:

— Não, eu não vou dizer, eu quero ver se você lembra; eu sou uma de suas amizades de Pedro Leopoldo.

Eu falei assim:

— Então, a senhora pode falar; se a senhora falar Maria ou Alice, eu conheço tantas. Então fale o sobrenome da família, porque pela família eu vou saber.

Ela falou assim:

— Não, eu não vou falar, eu vou falar um nome só; quando eu falar, você vai lembrar quem é que eu sou.

Eu falei:

— Então, a senhora faz o favor, fale o nome, o nome que a senhora quer falar e ela foi e falou assim:

— Josusu!

Eu disse:

— Meu Deus, é a Valéria! Meu Deus, Valéria, como você está bonita! Eu não mereço a sua visita.

Ela disse:

— Mas eu vim lembrar os nossos sábados, em que nós orávamos tanto. Eu me lembrei da última palavra e eu vim te trazer confiança em Jesus.

(Chico relata o episódio muito emocionado).

Pôs a mão no meu peito e a dor desapareceu.

Então, isso para mim, eu acho que o nome de Jesus é tão grande, é tão grande, que remove os nossos obstáculos orgânicos.

Eu estou com uma angina que ficou como sendo uma herança do infarte, mas uma angina muito bem controlada. Eu sigo as instruções médicas, as instruções dos amigos espirituais, me abstenho de tudo aquilo que não posso usufruir, de modo que eu, graças a Deus, estou, vamos dizer, estou doente, mas estou são. Se alguém puder compreender…

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Extraída de:

https://www.mensagemespirita.com.br/mensagem-em-video/346/chico-xavier-a-historia-de-valeria-emocionante

Parábola do Semeador


Allan Kardec - 1804-1869










Parábola do Semeador Mt 13:1-23, Mc 4:1-20 e Lc 8:5-15.


Eis que o semeador saiu para semear.

O semeador é Jesus, que prega o desapego aos bens materiais e convidava a todos para o Reino de Deus.

E ao semear, uma parte da semente caiu à beira do caminho e as aves vieram e a comeram.

Refere-se à pessoa que, ao ouvir os ensinamentos de Jesus, os ignora. Sem fé, desconsidera essas lições e opta por persistir no erro, mantendo a ilusão do mundo que criou para si mesma, acumulando dor e sofrimento não apenas para si, mas também para todos aqueles que cruzam o seu caminho.

Outra parte caiu em lugares pedregosos, onde não havia muita terra. Logo brotou, porque a terra era pouco profunda. Mas, ao surgir o sol, queimou-se e, por não ter raiz, secou.

É a pessoa que recebe os ensinamentos com alegria e entusiasmo, mas, diante das dificuldades que a vida lhe impõe, desiste; se deixa abater e sucumbe.

Outra parte (das sementes) ainda caiu entre os espinhos. Os espinhos cresceram e a abafaram.

É aquele que ouve os ensinamentos de Jesus, mas ainda preso aos prazeres do mundo, tais como luxúria, vaidade, orgulho, desejo de riqueza e outros, sufocam os ensinamentos e eles não se multiplicam, não dão frutos e se perdem ali mesmo.

Outra parte, finalmente, caiu em terra boa e produziu frutos, uma cem, outra sessenta e outra trinta, tem ouvidos, ouça!

É aquele que houve e entende os ensinamentos de Jesus; e, confiante, divulga a quantos querem ouvir, porque sabe que é bom para todos e quanto mais aprenderem, melhor se tornará o mundo.

 

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Oração de Francisco de Assis


Allan Kardec - 1804-1869









ORAÇÃO DE FRANCISCO DE ASSIS

Senhor,

Fazei de mim um instrumento

De vossa paz!

Onde houver ódio, que eu leve o amor.

Onde houver ofensa,

Que eu leve o perdão.

Onde houver discórdia,

Que eu leve a união.

Onde houver dúvida, que eu leve a fé.

Onde houver erro, que eu leve a verdade.

Onde houver desespero,

Que eu leve a esperança.

Onde houver tristeza,

Que eu leve a alegria.

Onde houver trevas que eu leve a luz!

Ó Mestre,

Fazei que eu procure mais:

Consolar, que ser consolado;

Compreender, que ser compreendido;

Amar, que ser amado.

Pois é dando, que se recebe.

Perdoando, que se é perdoado.

E é morrendo que se vive

Para a vida eterna.

Assim seja!

S. Francisco de Assis.

 

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Alguns dados sobre Jesus


Allan Kardec - 1804-1869










 

Alguns dados sobre Jesus!

E lhe porás o nome de Jesus”

Existem poucas fontes históricas confiáveis sobre a existência de Jesus e poucas referências fora dos evangelhos.

As principais fontes são: Os Evangelhos, os escritos apócrifos, os historiadores, os pais da igreja, o Talmude, a Michiná (Misnah, Mexená).

Tácito, historiador romano, entre 100 e 120 d. C., escreveu sobre os cristãos, nome que, segundo ele, vinha de “Um certo Cristo, crucificado no reinado de

Tibério, enquanto Pôncio Pilatos era procurador na Judeia”. Suetônio, Serapião e Plínio, moralistas romanos, também se referem a “Um certo Cristo”.

Públio Lêntulus, senador romano, na época presidente da Judeia (superintendente administrativo), escreveu uma carta, encontrada nos arquivos do duque de Cesarini (séc. XVII), descreve Jesus como um homem reservado e sério, que nunca sorria e que "Pela sua majestade" comovia os circunstantes.

O nome jurídico de Jesus teria sido, provavelmente, “Yeshua, de Nazirith, filho de Iussef” – JWB.

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Mensagens


Allan Kardec - 1804-1869








 

Auto-desobsessão

Se você já pode dominar a intemperança mental...

Se esquece os próprios
constrangimentos, a fim de cultivar o
prazer de servir...

Se sabe cultivar o comentário infeliz,
sem passá-lo adiante...

Se vence a indisposição contra o
estudo e continua, tanto quanto
possível, em contato com a leitura
construtiva... 

Se olvida mágoas sinceramente,
mantendo um espírito compreensivo e
cordial, à frente dos ofensores...  

Se você se aceita como é, com as
dificuldades e conflitos que tem,
trabalhando com tudo aquilo que não
pode modificar...  

Se persevera na execução dos seus
propósitos enobrecedores, apesar de
tudo que se faça ou fale contra
você...

Se compreende que os outros têm o
direito de experimentar o tipo de
felicidade a que se inclinem, como nos
acontece...

Se crê e pratica o princípio de que
somente auxiliando o próximo, é que
seremos auxiliados...

Se é capaz de sofrer e lutar na seara
do bem, sem trazer o coração amargoso
e intolerante...

Então, você estará dando passos largos
para libertar-se da sombra, entrando,
em definitivo, no trabalho da
auto-desobsessão.

Autor: André Luiz
Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Passos da Vida

 

Medicação Preventiva

Pense muito, antes da discussão. O
discutidor, por vezes, não passa de
estouvado.

Use a coragem, sem abuso. O corajoso,
em muitas ocasiões, é simples
imprudente.

Observe os seus métodos de cultivar a
verdade. Muitas pessoas que se
presumem verdadeiras, são veículos de
perturbação e desânimo.

Proceda com inteligência em todas as
situações. Não se esqueça, porém, de
que muitos homens inteligentes são
meros velhacos.

Seja forte na luta de cada dia. Não
olvide, contudo, que muitos
companheiros valentes são suicidas
inconscientes.

Estime a eficiência. No entanto, a
pretexto de rapidez, não adote a
precipitação.

Não enfrente perigos, sem recursos
para anulá-los. O que consignamos por
desassombro, muita vezes é loucura.

Guarde valor em suas atitudes.
Recorde, entretanto, que o valor não
consiste em vencer, de qualquer modo,
mas em conquistar o adversário no
trabalho pacífico.

Tenha bom ânimo, mas seja comedido em
seus empreendimentos. Da audácia ao
crime, a distância é de poucos passos.

Atenda a afabilidade e a doçura em
seu caminho. Não perca, porém, o seu
tempo em conversas inúteis.

Autor: André Luiz
Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro Agenda Cristã

 

Novidade

Nunca passes recibo

De aceitação da ofensa.

Agressão é moléstia

Que não melhora aos murros.

Às vezes quem te fere Carrega o peito em chagas.

Revide, queixa, mágoa

São reações comuns.

O perdão, entretanto,

É a grande novidade.

Porque o perdão é amor

Em ligação com Deus. 

 

EMMANUEL

Médium: Francisco Cândido Xavier

Do livro "HORA CERTA" - Edição: GEEM



Confia!

Confia em Jesus.

Ele é o amigo que está sempre ao teu lado,

nos momentos tristes e nebulosos da vida, é

quem te guia os passos.

Quando as dificuldades baterem na porta da tua frágil existência,

e tu, na tua fé, fraquejares,

busca no conforto da prece o Divino Mestre

e peça o bálsamo que alivia a alma das tempestades da vida,

e Ele, com certeza, te conduzirá pela estrada que leva a Deus.

Não reclames das dificuldades que atravessam no teu caminho,

Deus as coloca para te fortalecer.

Seja resignado e paciente,

confia porque, mesmo que não vejas,

Jesus está contigo te guiando e quase sempre

te carregando nos braços e a dizer-te baixinho:

“Calma, confia, tem fé, eu estou aqui!”.


www.Gotadeluz.com.br - De Joana para jwb.


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Suicídio: Luís e a Pespontadeira de Botinas

  Allan Kardec - 1804-1869 Livro: O CÉU E O INFERNO Publicado em 1865 – Paris, França. Tradução Da 4ª edição (1869). Tradutor: GUILLON R...